Dando sequência aos encontros com autoridades governamentais para apresentação da agenda estratégica da indústria química, a Abiquim se reuniu na última sexta-feira (17) com o secretário de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro, Hugo Leal, na sede da secretaria, no Rio de Janeiro.
No dia 13 de junho, o presidente do Siquirj, Isaac Plachta, acompanhado dos técnicos Diogo Fernandes e Hélio Camarota, compareceram ao Edifício Senado para uma reunião com os membros da Diretoria da Petrobras: William França, Diretor Executivo de Processos Industriais e Produtos, e Maurício Tolmasquim – Diretor Executivo de Transição Energética e Sustentabilidade – além de seus respectivos corpos técnicos.
Na ocasião, Isaac Plachta reforçou aos diretores sobre a necessidade de aproveitamento do gás natural, prioritariamente como matéria-prima para as indústrias químicas e petroquímicas já existentes e possíveis novas plantas que possam se instalar no Rio de Janeiro, num necessário processo de reindustrialização do estado.
«Estamos queimando um valioso recurso nos flares. Isso não pode ocorrer em um país que precisa se reindustrializar. O Gás Natural precisa ser utilizado preferencialmente como matéria-prima para petroquímicos e fertilizantes. O que sobrar pode ser voltado para a energia», afirmou o presidente do Siquirj.
Em resposta, o Diretor Maurício Tolmasquim, informou que a Petrobras já vem reduzindo significativamente a queima de gás nas plataformas e que também concorda com o aproveitamento do gás natural como matéria-prima como forma de «esverdear» o gás, alinhado à ideia de transição energética e redução de emissão de carbono para a atmosfera.
«Entendemos que cada molécula de gás que se dirige à produção de petroquímicos, é uma molécula não queimada, é carbono que não emitido», afirmou Tolmasquim.
O Diretor William França também reforçou o interesse da Petrobras na produção de petroquímicos, salientando a necessidade de trazer este gás natural para a costa com o investimento em gasodutos, como já vem ocorrendo com a Rota 3 e futuras Rotas 4 e 5, além da importância de garantir um preço competitivo para este gás, a fim de tornar viáveis os possíveis investimentos.
Concluiu-se, por fim, que há sim interesse da Petrobras em investir na produção de petroquímicos a partir do gás natural, mas este investimento só ocorrerá com uma Política Pública, de Estado, que permita preços competitivos para este insumo, a fim de reindustrializar o país e o estado.