No último dia 19 de outubro, o SIQUIRJ, em parceria com o Conselho Regional de Química da 3ª região, sediou evento de apresentação do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos para representantes do setor químico. A apresentação foi realizada pelo engenheiro Paulo Coutinho, gerente de inovação da Braskem.
O palestrante iniciou sua explanação dizendo que os Institutos SENAI de Inovação têm como objetivo principal aumentar a produtividade e a competitividade da indústria brasileira, com a criação de soluções inovadoras para a indústria de grande, médio e pequeno porte. O atendimento dos institutos abrange todo o território nacional, focando no suporte para inovação das empresas de base tecnológica, por meio de pesquisa aplicada e projetos de inovação tecnológica, apoio laboratorial para prototipagem e plantas-piloto, serviços tecnológicos de alta complexidade e alto valor agregado, transferência tecnológica, aumento de performance, redução de riscos tecnológicos, ecossistema de inovação para desenvolvimento de novos produtos, processos e tecnologias, conexão com os principais atores do Sistema Nacional de Inovação, consultoria e treinamento em diversas áreas.
Paulo Coutinho expôs a estratégia do Instituto no período de 2015 – 2018, que deve contar com 300 projetos de inovações para a indústria, 40% de aumento de soluções em metrologia, 150% de aumento de soluções em consultoria e 90% de sustentabilidade na prestação de serviços de Tecnologia e Inovação.
No caso específico do Rio de Janeiro, o Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos, oferecerá soluções em bioquímica e química para produção e processos sustentáveis. Seus segmentos estratégicos são as indústrias de especialidade e bases químicas, biocombustíveis, agroquímica, indústria de bens de consumo, home & personal care, papel e celulose, óleo e gás. Explicou que o instituto foi criado a partir da necessidade de atender a demanda de PD&I da indústria química brasileira, constatada a partir de estudos que indicaram a biotecnologia e novas matérias-primas renováveis como como áreas em que o país possui vantagem competitiva, como o Plano Brasil Maior, o Estudo da diversificação da indústria química brasileira (BNDES/ABIQUIM) e a Agenda Tecnológica Setorial em química de renováveis (ABDI).
Aproveitando-se das vantagens competitivas, tais como possuir a maior biodiversidade, maior área agrícola disponível no mundo e melhor biomassa, o instituto visa dar passos para que o Brasil elimine o déficit na balança comercial em químicos até 2020, minimize a defasagem em biotecnologia e aumente a disponibilidade de químicos a partir de recursos sustentáveis.
Paulo Coutinho frisou que instituto ocupará espaço em inovação ainda não ocupado pela Academia e demais institutos de pesquisa no país, envolvendo profissionais das empresas, atuando na prova de conceito em biologia sintética, no desenvolvimento de de novos processos químicos e bioquímicos derivados de óleos e matérias-primas renováveis, no desenvolvimentos em Engenharia de Processos e Química Analítica e Catálise.
Os mercados potenciais contam com a indústria de especialidades e bases químicas, biocombustíveis, agroquímica, indústrias de higiene e cosméticos e produtos de limpeza, papel e celulose, óleo e gás, e têxtil. O ISI de Biossintéticos tem planos para se instalar na Ilha do Fundão, aproximando ainda mais a Academia da Indústria.
Após a apresentação, o coordenador de PD&I do Instituto SENAI de Inovação em Química Verde, senhor Antonio Augusto Fidalgo Neto, realizou uma breve exposição sobre o referido instituto, que possui como proposta aplicar os conceitos dos ISI na área da Química Verde.
Confira as apresentações:
Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos
Instituto Senai de Inovação em Química Verde